A Bíblia menciona um fio escarlate em vários contextos diferentes, desde um parto incomum, passando pelas vestes do sumo-sacerdote, até a conquista de Canaã.
Uma referência ao fio escarlate da Bíblia ocorre durante o nascimento dos filhos gêmeos de Judá e Tamar (Gênesis 38.27–30). Quando Tamar estava dando à luz, o braço de um dos gêmeos, Zerá, alcançou o canal do parto e imediatamente a parteira amarrou um fio escarlate no pulso do bebê para designar Zerá como o primogênito. No entanto, Zerá não foi o primogênito; o braço foi recolhido para o útero e o outro gêmeo, Perez, nasceu primeiro.
No caso de Perez e Zerá, o fio escarlate era para indicar quem deveria ter a prerrogativa e os privilégios da primogenitura. Diante de todas as aparências, Zerá parecia que ia nascer primeiro, mas Deus tinha planos diferentes, e Perez se tornou o primogênito. Na providência de Deus, foi através de Perez que a linhagem do Senhor Jesus Cristo prosseguiu (Mateus 1.3).
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A Bíblia também menciona fios escarlates como parte das cortinas do tabernáculo (Êxodo 26.1) e o éfode do sumo sacerdote (Êxodo 28.6), juntamente com fios de ouro, azul e roxo. As Escrituras não comentam o significado dessas cores nas cortinas ou no éfode, mas alguns comentaristas supõem que o ouro, o azul e o roxo prenunciam a glória de Cristo, a origem celestial e a posição real, enquanto o fio escarlate representa a obra expiatória de Cristo na cruz através do derramamento de Seu sangue.
Outra menção significativa ao fio escarlate está em Josué 2. Dois espiões haviam sido enviados a Jericó antes que os israelitas tomassem aquela cidade. Os espiões foram escondidos em Jericó por Raabe, a prostituta, que expressou sua fé no Deus de Israel e protegeu os espiões (Hebreus 11.31). Raabe permitiu que os espiões hebreus escapassem de Jericó, deixando-os descer pela janela por meio de uma corda feita de fio escarlate. Ao partirem, os espias disseram a Raabe: “Amarre esse cordão escarlate na janela” (Josué 2.18), com a promessa de que ela e sua casa seriam mantidas em segurança na invasão vindoura. Pela fé, Raabe obedeceu: “E ela amarrou o cordão escarlate na janela” (versículo 21).
Mais tarde, quando as muralhas de Jericó caíram e os israelitas tomaram a cidade, Josué ordenou que Raabe e sua família fossem poupados (Josué 6.22–23). A sua casa estava marcada pelo “cordão de fio escarlate”. É fácil achar que a cor corda de Raabe era uma mera coincidência, mas a cor escarlate é significativa. A corda em sua janela era um sinal de sua fé e levou à sua salvação, pois ela não foi destruída com o resto de Jericó. A corda escarlate – a cor do sangue – funcionou para Raabe da mesma maneira que o sangue do cordeiro da Páscoa havia funcionado durante o êxodo: todo lar marcado com sangue foi poupado da morte naquela noite da décima praga (Êxodo 12.13). A misericórdia de Deus e o perdão de Raabe, a prostituta, foram representados por uma corda de fio escarlate, que se torna um símbolo do sangue de Cristo.
Teólogos e estudantes da Bíblia às vezes se referem ao “fio escarlate que percorre toda a Bíblia”. Com isso, eles querem dizer que o tema da Bíblia é Jesus Cristo e Seu sacrifício pela redenção da humanidade. O sangue de Cristo corre por toda a Bíblia, simbolicamente. É visto nos animais mortos no Éden para fornecer roupas para Adão e Eva, no carneiro que tomou o lugar de Isaque no altar de Moriá, no cordeiro pascoal, na instituição do sistema de sacrifícios, na corda escarlate de Raabe e nos milhares de anos de sacrifícios realizados no tabernáculo e no templo. O fio escarlate vai até a declaração de João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!” (João 1.29) e ao pé da cruz, onde Jesus finalmente diz: “Está consumado” (João 19.30).
“Sem derramamento de sangue, não há perdão” (Hebreus 9.22), e é por isso que o simbolismo do fio escarlate na Bíblia é significativo. O fio escarlate é o tema da expiação encontrado nas páginas das Escrituras.
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No caso da família de Raaba, toda a cidade de Jericó estava fechada, em quarentena, amedrontada. Os israelitas estavam sitiando a cidade e todo o povo estava dentro de suas casas aguardando o pior, impotentes e desesperados. A família de Raabe inteira estava na mesma cidade, passando pela mesma quarentena e isolamento, sujeita às mesmas privações. Mas havia diferenças nessa família: eles tinham uma promessa, eles tinham fé, eles tinham um fio escarlate pendurado na janela. Em outras palavras, o povo de Jericó estava de quarentena e isolado, e ainda assim pereceu. Não basta estar fechados dentro de casa, é preciso ter fé e tomar posse das promessas, e garantir que o fio escarlate, a proteção do sangue de Jesus guarde a nossa vida e a vida dos nossos familiares.
Assim, é preciso mais do que esconder-se, isolar-se, refugiar-se no recôndito das casas. É bom dizer como o salmista: “à sombra das tuas asas me abrigo, até que passem as calamidades” (Salmos 57.1). As calamidades passam, mas a atitude como nos portamos diante delas é fundamental para a nossa caminhada posterior. Elias passou um período recluso numa caverna, e durante esse período ele ouviu barulho forte de vento, terremoto e fogo. Mas foi somente quando ouviu a voz mansa e suave de YHWH que ele saiu do esconderijo e foi recomeçar a vida (I Reis 19.11-13).
E o fio escarlate? Não vamos perdê-lo de vista. Ele deve estar em nossos corações, em nossas mentes, no interior das nossas casas e fora, nas janelas, como testemunho de que ali dentro habita gente temente a Deus, unida, uma família segundo o coração de Deus. Dessa maneira não estaremos apenas reclusos, mas retirados para um propósito e por uma causa maiores do que as nossas adversidades e limitações. O fio escarlate nos garante salvação e livramento!