Toda célula já nasce com um propósito determinado, a multiplicação. As células funcionam como verdadeiras células do corpo humano, aonde a vida do corpo local se encontra de uma forma reduzida em todos os seus muitos aspectos, por exemplo: adoração, intercessão, crescimento espiritual, assistência social, etc. Tudo isso e, deve acontecer de uma forma bem pessoal. Para isso, é importante que a célula nunca fique muito grande para que haja sempre uma atmosfera de família. Estas células crescerão até ao ponto de multiplicação e assim surgirão as novas células.
As células devem crescer e multiplicar em três áreas:
Intimidade com Deus – Levando todos a serem íntimos de Deus de uma forma cada vez mais crescente, e reproduzindo esta fome de Deus na vida dos seus discípulos. É preciso que se ensine aos liderados a dependerem de Deus e não de homens e incentivá-los a ter experiências com Deus.
Comunhão – Levando todos a crescer na unidade do Corpo de Cristo, reproduzindo isto na vida de mais e mais cristãos.
Novos membros da célula – Crescendo e multiplicando no número membros, discípulos e de líderes, reproduzindo esta multiplicação para que haja continuidade.
Todo o líder deve entender e estar atento aos quatro ciclos de uma célula para que se possa identificar em qual fase a sua célula se encontra e se trace objetivos alcançáveis.
Ciclo 1 – A primeira fase
O grupo é “novinho em folha” e muitas pessoas podem não se conhecer. Logo, construir relacionamentos é a prioridade número 1.
O que esperar:
– As pessoas podem estar empolgadas, porém o nível de compromisso pode ser baixo;
– As pessoas podem ter diferentes necessidades e expectativas;
– O grupo começará a se formar à medida que desenvolver o compromisso;
– O líder do Grupo começará a descobrir seu estilo de liderança.
Ciclo 2 – Desenvolvendo os relacionamentos
A principal tarefa é desenvolver intimidade entre os membros. O nível de intimidade crescerá à medida que os membros do grupo forem se arriscando em compartilhar suas vidas.
O que esperar:
– A oração começará a aproximar mais o grupo;
– As pessoas começarão a testar e ver se o grupo é seguro para que possam se abrir com transparência;
– O líder deve correr o risco de se abrir, com moderação, a fim de criar um ambiente aberto e franco;
– O grupo começará a cuidar uns dos outros naturalmente.
Ciclo 3 – O amadurecimento
Esta é a fase do crescimento. Os membros começam a amadurecer em seu caminhar com Cristo e em seu relacionamento uns com os outros.
O que esperar:
– O líder deve levar os membros a confiarem mais em Deus fora da célula;
– A formação de novos líderes já deve estar em andamento;
– O grupo pedirá por “responsabilidades” delegadas e encorajamento por parte do líder;
– Os conflitos poderão surgir. Contudo, devem ser enfrentados com amor muito mais do que evitados.
Ciclo 4 – A multiplicação
O grupo programa um plano de multiplicação, de lançamento de uma nova célula, e começa a buscar, com maior intensidade, novas pessoas para se tornarem membros para que a tão esperada multiplicação aconteça. Caso contrário, o grupo acabará.
O que esperar:
– O medo da mudança é visível no grupo. Todavia, o líder deve ensinar aos membros da célula que sair da “zona de conforto” é essencial para que mais membros da comunidade conheçam o Reino de Deus através das células.
Quando o grupo não percorre estes quatro ciclos, sua existência pode ser prejudicial ao Reino. Por isso, é preciso que a liderança avalie quando a célula deve ou não ser fechada. Geralmente, quando o grupo não tem compromisso e nunca se prepara para crescer, quando o líder se rebela ou quando as reuniões são um atrativo para fofocas ou comentários infrutíferos, a célula deve sofrer uma intervenção por parte da liderança que fará uma análise minuciosa do que realmente está acontecendo e de qual vai ser a melhor estratégia a ser utilizada.
Um líder de sucesso tem estes ciclos como referência e faz deles aliados para o crescimento do seu grupo, se aproveitando ao máximo de cada fase que seu grupo esteja vivendo.