Conta-se de um homem muito rico que, no dia do seu aniversário, convocou a criadagem à sua sala para os presentear.
Colocou sobre a mesa diversas Bíblias e uma pequena quantidade em dinheiro, e pergunto um cada um: “O que prefere, esta Bíblia ou este valor em dinheiro?”
– Eu gostaria de receber a Bíblia — respondeu pela ordem o cocheiro — mas, como não aprendi a ler, o dinheiro me será bastante mais útil!
– Minha mulher está adoentada — disse o jardineiro –, e por esta razão tenho necessidade do dinheiro; em outra circunstância escolheria, sem
dúvida, a Bíblia.
– Eu sei ler — disse a cozinheira –porém, nunca encontro tempo para sequer folhear uma revista; portanto, aceito o dinheiro.
Finalmente, chegou a vez do menino de recados. Sabendo-o bastante necessitado, o patrão adiantou-se em dizer-lhe:
– Certamente, você também irá preferir dinheiro, para comprar um sapato novo, não é isso, meu rapaz?
– Estou precisando muito de um sapato, mas vou preferir a Bíblia. Sempre quis ter uma. Minha mãe me ensinou que a Palavra de Deus é melhor que o ouro.
Ao receber a sua Bíblia, o rapaz imediatamente a folheou e encontrou dentro dela uma “gordo” cheque; seus olhos se encheram de brilho e ele agradeceu efusivamente pela grata surpresa.
Os outros criados ficaram curiosos para saber de quanto era o cheque, mas, envergonhados, não se atreveram a perguntar.