“Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor” (Mateus 25.18).
Um dos grandes desafios para a igreja atual é despertar talentos e motivar seu desempenho e multiplicação. Vivemos num tempo de ativismo onde o “corre, corre” do “dia a dia” nos absorve boa parte de nossa atenção e tempo.
Porém, essas “desculpas” já eram notórias no início da igreja, e nos foram expostas nos Evangelhos pelo próprio Mestre e cabeça da Igreja, Jesus Cristo.
Seja como pastor presidente de um ministério (é meu caso) ou como líder de um pequeno grupo (célula, PG, GFC, etc..), somos desafiados a despertar na membresia a importância do um talento.
Entendo ser esse “um talento” aquele crente que se “folga” nos irmãos de “mais talentos”.
Aliás, eu creio que essa parábola foi dita por Jesus, propositadamente para evidenciar a “folga” do possuidor do um talento e sua falta de motivação ou motivação errada. Esse é o foco da parábola, creio eu.
O Mestre o evidencia e esclarece o seu destino: “Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos. Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado. Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mateus 25.28-30).
Entendo eu que os talentos são os cinco ministérios que o apóstolo Paulo relaciona em Efésios 4.11, e que ao menos um é dado ao que crê em Jesus como seu Salvador. Claro, segundo a capacidade de cada um.
Considerando, então, que todos têm um ministério/talento e que uma das 95 teses de Lutero foi exatamente o sacerdócio universal nas mãos da igreja, temos que nos despertar uns aos outros o talento/ministério de cada um. Eu motivando mais um e esse motivando a outro, etc..
Os talentos/ministérios não são somente para um pequeno grupo dentro da igreja! Isso é Palavra de Deus!!!
Essa deve ser nossa busca constante: descobrir os líderes folgados, despertando-os para o privilégio da obra; e evidenciar os líderes focados, motivando-os a que multipliquem seus talentos e equipem outros para os mesmos ministérios/talentos dados pelo Senhor.
Uma pergunta devemos fazer a nós mesmos: somos líderes folgados ou focados? Afinal, O Reino exige urgência e os trabalhadores somos nós.
Que Deus te abençoe com essa palavra.
Seu amigo,
Edilson S. Siqueira | pastor presidente da AD Colombo, Paraná