Quantos de nós ganhamos um presente com uma embalagem bonita e nos decepcionamos com o conteúdo. Isso acontece porque nós de natureza humana costumamos enxergar aquilo que está por fora.
Deus é diferente de nós, na sua perfeição, os seus olhos estão atentos ao que ninguém vê, o nosso coração. Ele parte do exterior para interior.
Os adultos na grande maioria não costumam ser sinceros quanto ao que sentem de verdade. Nesse quesito quem ganha são as crianças. Isso porque a todo momento muitos fingem estar bem quando não estão. Usam máscaras para dizer o que sentem.
A religião contribui para a incoerência entre o interior e o exterior. Jesus nos deixa claro o que pensa sobre a religiosidade. Diz respeito às nossas atitudes longe da Igreja local. Falar palavrão em casa, mas perto do pastor e dos irmãos da célula dar glórias a Deus, é uma forma de viver a incoerência. É uma aparência que não condiz com a realidade.
A religião dá valor ao que não tem valor. Ela enaltece aquilo que é pequeno demais, quando não há necessidade. Segundo a palavra em Mateus 23.24, Jesus confronta os fariseus com uma afirmação. Ele diz que os fariseus coam os mosquitos e engolem um camelo. O que Jesus quis dizer com estas palavras é que os fariseus valorizavam demais o que era pequeno (o mosquito) e esqueciam do que era grande (o camelo). O texto fala da incapacidade dos fariseus perceberem o principal problema.
A religião enfeita as pessoas por fora, contudo deixa-as podre por dentro. É como um presente ruim com uma embalagem bonita. Quando congregamos em uma Igreja e fingimos que amamos o nosso irmão ou servimos ao próximo aparentemente com “alegria” cometemos um grave pecado, que é a falta de amor a Deus (I João 4.7,8).
Na religião há ausência de arrependimento. Jesus não teve problemas com o pecado da humanidade, ao contrário, Ele reuniu com ladrões, prostitutas e os que estavam à margem da sociedade, porque via neles o arrependimento genuíno. Já com os fariseus foi duro, porque estes achavam que estavam sempre corretos e não necessitavam de redenção.
A religião na verdade é algo que não gera transformação. Se a nossa mente e emoções estão ligadas a um sistema que não muda, não há dúvidas de que alguém está vivendo uma vida religiosa. Nesse labirinto nunca haverá um desafio, pois para a religião tudo está bem.
No Espírito Santo saímos da comodidade, pois Ele nos confronta com amor e nos traz a uma mudança de vida segundo a vontade de Deus.