Em 2003 conheci Tim, e ele começou a comparecer a um Grupo Vida mas nunca compartilhou profundamente. Na verdade, ele constantemente dizia: “Eu não quero reclamar porque, no final, há pessoas em situações piores que a minha. Ore por eles, não por mim”. Parecia nobre no início, mas quando eu o ouvia usar continuamente a frase, comecei a pensar. No mesmo tempo, Tim era um dos primeiros voluntários para as obras da igreja, o que são boas em si mesmas, mas com o tempo ele parou de ir à célula.
Ao passar dos meses, cresceu em mim uma grande preocupação por Tim. Ele estava desempenhando tarefas mas não estava amadurecendo como discípulo no contexto do grupo. Como igreja cremos que a célula era o melhor lugar para as pessoas amadurecerem em comunidade, descobrir seus dons, tornarem-se ministros, evangelizar em contexto de grupo e preparar para discipular outros através da multiplicação do grupo. Nós como liderança não queríamos Tim apenas com o foco nas tarefas da igreja enquanto não amadurecia emocional e espiritualmente como discípulo de Jesus. Ao mesmo tempo, não queríamos que o desejo de servir Jesus desvanecesse da vida de Tim de forma alguma. O que deveríamos fazer?
E este é o dilema da integração. Muitas igrejas não praticam integração. Eles dizem às pessoas para se integrarem em um ministério/programa ou grupo pequeno. Você pode fazer o que quiser. Sem restrições. A igreja em célula, por um lado, pede às pessoas que se integrem a uma célula e então se o tempo permitir eles podem fazer parte de um ou mais ministérios na igreja. Nós na igreja em célula não queremos que as pessoas se escondam atrás das tarefas que não as façam amadurecer na caminhada com Cristo.
É difícil alcançar? Sim. Vale a pena? Claro! Veja o exemplo de Tim. Iniciamos uma nova célula encabeçada por Tim. Pedimos a ele que participasse do discipulado desde o início. Tim despertou para compartilhar o que acontecia em sua vida mas também ministrando aos outros. Envolver Tim requereu o compromisso de fazer das células a base da igreja e dar novas oportunidades. Pode não ser muito fácil não balançar o barco. Entretanto, a maioria dos ganhos requerem dor. Você já experimentou a dor e a vitória da integração?