“Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do pai” (João 14.12).
Adaptar-se a novos liderados e a novos líderes é uma das virtudes indispensáveis para mudar e crescer. Se quisermos que a esfera de ação e liderança a nós confiada se estenda além das fronteiras que temos hoje, precisamos aprender a receber daqueles que estão se reproduzindo em nós, e a nos reproduzir em novos líderes que irão também fazer o mesmo com outros.
“Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus. E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (II Timóteo 2.1,2).
Temos uma visão para a nossa cidade e para a nossa nação: resgatar muitas almas para Jesus, transformando-as não só em discípulos, mas também em líderes de células, que por sua vez se multipliquem em outros, até que a nossa cidade e a nossa nação fique cheia da glória de Deus assim como as águas cobrem o mar. Essa é a visão do MDA da qual eu e você fazemos parte.
A visão de Deus para a sua igreja é:
1. Resgatar a cidade e a nação através de um evangelho puro;
2. Transformar convertidos em verdadeiros discípulos de Jesus;
3. Transformar os discípulos em novos líderes multiplicadores;
4. Multiplicar a igreja através da multiplicação das células.
Essa era a visão de Jesus e de Paulo
Jesus disse que quem cresse Nele faria as obras que Ele estava fazendo e outras obras maiores, porque estava voltando para junto do pai e seus discípulos continuariam sua tarefa (João 14.12).
Qual foi a maior obra que Jesus fez aqui na terra? Seus dons? Seus milagres? Não! Foi o treinamento de seus discípulos; ele se reproduziu na vida deles para que se reproduzissem em outros; visão esta que foi compreendida pelo apóstolo Paulo algum tempo depois (II Timóteo 2.1,2).
Jesus se reproduziu em diferentes níveis de líderes
Jesus se reproduziu em diferentes níveis de liderança; pessoas que saíram do meio da multidão e receberam seu investimento para cumprirem tarefas diferenciadas. Vejamos:
1. Pedro, Tiago e João
“Jesus deixou que fossem com ele Pedro e os irmãos Tiago e João, e ninguém mais (Marcos 5.37).
Esses discípulos se destacaram no relacionamento com Jesus e foram designados para tarefas especiais das quais os outros, em determinadas situações, não participavam. Não era que os outros fossem menos importantes, ou que Jesus tivesse algum tipo de prediletismo, mas sua capacidade de entender o que Jesus queria estava além dos outros.
2. Os doze discípulos
“Jesus chamou os seus doze discípulos e lhes deu autoridade para expulsar espíritos maus e curar todas as enfermidades e doenças graves” (Mateus 10.1).
Entre esses doze estavam incluídos Pedro, Tiago e João. Era um nível de relacionamento mais discreto. Enquanto os três realizavam tarefas mais específicas, estes, por sua vez cuidavam de tarefas mais abrangentes, porque faziam parte de um grupo mais operacional. Algumas vezes eles eram orientados pelos outros três que já mencionamos.
3. Setenta novos discípulos
“Depois disso o Senhor escolheu mais setenta dos seus seguidores e os enviou de dois em dois a fim de que fossem adiante dele para cada cidade e lugar aonde ele tinha de ir” (Lucas 10.1).
Esses seriam os responsáveis de expandir o trabalho evangelístico para outras regiões. O interessante aqui é que a visão de Jesus era para cada cidade da nação, que naquela época não eram muitas; enviando uma equipe para cada uma delas, eles alcançariam mais 35 novas cidades ao redor de toda a Judeia.
Quando Deus está no centro de uma jornada de crescimento e multiplicação, e quando líderes estão se reproduzindo em outros de acordo com os princípios divinos, coisas incríveis começam a acontecer. Uma liderança duradoura só é possível quando o ciclo de reprodução de líderes acontece. Mesmo que esse processo demore, os resultados começarão a aparecer.