Sete inimigos do discipulado

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Jesus disse em João 15.8 “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos”.

Jesus, nesse texto, deixa claro que o discipulado gera frutos, muitos frutos. Então, por que muitos discipulados não estão dando frutos? Porque existem algumas situações que atrapalham o discipulado de dar frutos. O “bom discipulado” sempre dá fruto. Quando o discipulado não está dando frutos é porque alguma coisa está atrapalhando.

São diversos os fatores que poderiam ser mencionados. Porém, sete deles são, inegavelmente, inimigos do discipulado:

1. A falta de preparo

Todo o discipulado, para gerar frutos, precisa de um preparo. O discipulador precisa se preparar para se encontrar com o seu discípulo no dia e hora marcados. Ele precisa ter um conteúdo para compartilhar com o seu discípulo. Ele não pode ir de qualquer maneira, sem um preparo do que vai compartilhar.

Da mesma maneira que um Pastor se prepara para ministrar um culto, ou um líder se prepara para liderar uma célula, é extremamente importante que se vá para a reunião de discipulado preparado. Como?
É preciso separar um texto Bíblico como base para o que vai ser compartilhado;

Bem como, um “modelo” daquilo que vai ser compartilhado e/ou perguntado ao discípulo;

2. O domínio do discipulador

O discipulado não pode ter domínio, ou pressão, do discipulador. “Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zacarias 4.6b).

O discipulador precisa ter esta verdade em seu coração. Ninguém muda a vida de ninguém. Quem tem o poder de mudar as pessoas é o Espírito Santo de Deus. O discipulador precisa entender bem a verdade de que ele não é “dono” do seu discípulo.

O papel do bom discipulador é motivar o seu discípulo a crescer em Deus e a ter experiências com Deus. Pois, são essas experiências que vão transformando o discípulo.

Se o discipulado for baseado no domínio opressor por parte do discipulador, o discipulado não dará frutos.

3. A falta de transparência

Quando há falta de transparência entre as partes, a reunião de discipulado “trava” e a vida do discípulo fica paralisada, “engessada”.
Quando o discípulo não é transparente com o seu discipulador, invariavelmente, ele vive debaixo de opressão, depressão e desânimo. Ele já chega para a reunião de discipulado assim, desmotivado. E, tudo isso apenas porque ele não tem sido transparente a respeito das coisas que ele tem sentido, das coisas que ele tem pensado e das coisas que ele tem enfrentado no seu dia a dia.

O “bom discipulado”, o discipulado que frutifica, precisa de transparência.

4. A falta de compromisso

Este inimigo pode aparecer tanto por parte do discípulo, quanto por parte do discipulador.

O discípulo sem compromisso é aquele que se esquece facilmente das reuniões de discipulado agendadas e nem se preocupa em dar uma satisfação pelo simples fato dele não ter se lembrado da mesma. É como se ele não estivesse “nem aí” para as reuniões agendadas.

Porém, também acontece com discipuladores que se esquecem de suas reuniões de discipulado. O discípulo o procura, agenda a reunião e quando ele chega para a reunião o discipulador não está ou não pode atendê-lo por haver esquecido o compromisso marcado.

Essas duas situações minam o discipulado pouco a pouco fazendo com que ele não funcione da maneira com que tem que funcionar e o torna infrutífero.

5. A soberba

Uma das coisas mais terríveis que pode acontecer em um discipulado é o discipulador estar cuidando e discipulando de alguém que é soberbo. A pessoa quando é soberba ela acredita que já sabe de tudo e sobre tudo.

Então, se o discipulador vai compartilhar um texto bíblico, ela já diz que o conhece e que já sabe o que se quer dizer; se o discipulador vai compartilhar outro assunto qualquer, ela também faz questão de dizer que conhece sobre o assunto e não tem nada mais a aprender sobre aquilo; enfim, tudo ela centraliza no conhecimento dela. Por isso, para ser um bom discípulo e cooperar para que o discipulado seja frutífero, como é da vontade do Pai, é preciso ser humilde, quebrantado e ter o desejo de sempre aprender um pouco mais com o discipulador.

É preciso que cada um se esvazie de si mesmo para que se aprenda um com o outro. Pois também podem acontecer casos onde o discipulador é soberbo e só ele fala nas reuniões de discipulado. Isso também é muito ruim. Isto impede o discípulo de expressar uma experiência ou uma dificuldade, por exemplo, e acaba por afastar o coração do discípulo, impedindo o discipulado de frutificar.

6. A mentira

A Bíblia diz, em João 8.44, que o diabo é o pai da mentira. Em Atos 5, a Palavra nos conta que Ananias e Safira morrem em decorrência de uma mentira. E, também por causa da mentira, muitos discipulados estão morrendo.

São Discípulos que contam mentiras para seus discipuladores para se desculpar ou para se justificar. São discipuladores que contam pequenas mentiras para os seus discípulos. A mentira quebra a confiança do relacionamento de discipulado e faz dos discipulados infrutíferos.

7 . A fofoca

Nem sempre a fofoca vem por parte do discipulador, que pode contar a vida de seu discípulo, como se pensa. É bem verdade que esta é uma possibilidade verdadeira, porém, que não deve acontecer. O discipulador precisa ser alguém de muita confiança onde, tudo o que ele receber de informação de seu discípulo ele vai guardar para si.

Agora, também é verdade que existe o caso de discípulos que sentam e não falam sobre si, antes, falam de outras pessoas, do vizinho, do parente, do irmão da igreja… de qualquer um, menos dela mesma.

O discipulado é para o discípulo abrir as suas dificuldades, falar sobre o que ele está passando, pedir ajuda e orientação sobre como avançar e vencer a fase que ele está vivendo.

Fonte