Colunas que sustentam o casamento

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1. Fidelidade (Ct. 4.12; 8.10; 1 Co 7.2-5)

“Jardim fechado… Eu sou um muro, e os meus seios como as suas torres; sendo eu assim, fui tida por digna da confiança de meu amado”. (Gn 2.24,25)

“Quem ama não trai. Com certeza não existe traição, maior da confiança do que a infidelidade conjugal”.

Por que as pessoas traem? (Segundo o terapeuta norte-americano Alert Ellis).

Causas não- neuróticas:

*Insatisfação sexual no casamento, que pode levar à buscar de compensação.

*A perda de atração pelo companheiro(a).

*O desejo sexual vai ficando reprimido e as fantasias vão se multiplicando até levar ao adultério.

*A excessiva absorção no trabalho pode produzir no outro uma sensação de rejeição e abandono.

*O tédio, que vem da repetição, da rotina e que gera indiferença sexual e emocional.

*Extensos períodos de ausência.

*A pressão do estar longe de casa durante longos períodos de tempo pode ser esmagadora.

*Doenças físicas de vários tipos.

*Gestações sucessivas.

Causas neuróticas:

Os “mimados” – são aqueles que acreditam que se precisam de tudo o que desejam. Encaram caprichos temporários como necessidades básicas. Os “casos” nunca correspondem às suas expectativas que,alias,são irreais. Exemplos: a síndrome do fim-de-semana perfeito e do sexo perfeito.

Os “narcisistas” – eles se consideram irresistíveis, têm uma necessidade constante de reconhecimento e admiração, uma enorme preocupação com eles mesmos e uma total incapacidade de se corresponder. Adultério, para eles, é uma experiência de auto engrandecimento.

Os “fujões” – são aquelas pessoas que estão fugindo, não apenas de si mesma, mas da própria vida.

Os “imaturos” – são aqueles, através da infidelidade, procuram se afirmar, provar eternamente sua infidelidade ou feminilidade. A vida se transforma num continuo teste de sedução. A mola propulsora desse comportamento é a ansiedade.

Os “inseguros” – são as pessoas que se auto desvalorizam, não se respeitam e não têm auto-estima. Usa o adultério como fuga.

Os “vazios” – são os que sofrem e um grande vazio existencial e se recusam a dar um sentido para a própria vida. Estes vão criando relacionamentos promíscuos para encobrir a falta de anexo dentro de si mesmos.

Os “vingativos”- são os que traem tendo como motivação um sentimento de vingança.

A fidelidade conjugal dá segurança ao casamento e garante a bênção de Deus na vida do casal. Veja que a palavra de Deus diz a respeito:

“Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula, porque Deus julgara os impuros e os adúlteros”. (Hb 13.4). Na verdade, adultério é uma manifestação da necessidade de cura e libertação interior.

2. Amizade (Ct 4.9,10, 12; 5.1)

“Minha irmã…”

Amizade na perspectiva do tratamento. O relacionamento de um casal só é sadio e equilibrado quando os dois, marido e mulher, conseguem ser mais do que parceiros de cama, tornando-se verdadeiros amigos, cúmplices um do outro. Não basta ser fiel, e preciso ser amigo. Quando a mulher não consegue, por algum motivo, ver o marido como seu “melhor amigo”,abre-se uma brecha e o casamento fica fragilizado.

Muitos adultérios aconteceram justamente porque o cônjuge encontrou, fora de casa, alguém que deu mais atenção a ele ou ele ouviu-o com mais interesse, mostrou-se ser mais sensível aos problemas, tratou-o com mais respeito. Foi, portanto, mais amigo. Por isto é perigoso quando não há entre o casal amizade na perspectiva do tratamento.

Por que muitos casamentos se transformam em prisão? Por que, de repente, os cônjuges se sentem escravizados, presos, subjugados? Quando é que isso acontece?

Quando há um sentimento de posse por parte do outro. “Não consigo viver sem você”. Dependência doentia.

No casamento onde os dois são “amigos”, um ajuda o outro a crescer. Quando há rejeição da própria individualidade. “Para viver juntos,os dois se anulam,renunciam a tudo o que gostam,mas com ressentimentos”.

Na relação de amizade conjuga, cada um mantém sua identidade e,ao mesmo tempo, cria condições para que o outro se desenvolva.

Quando a grande preocupação é manter sempre a frente unida. “Viver sempre mantendo as aparências. O casal não discute suas diferenças”.

Marido e mulher que são amigos são capazes de discutir as diferenças, repensá-las e,quando necessário,negociam e se colocam abertos para fazer novas alianças, acordos e trocas.

Quando o Casal Vive sempre com o conceito ideal de marido e mulher, ou seja, cada um na sua.

“Cada um cumpre com o eu Papel sem se preocupar com o outro”. No relacionamento onde dois são amigos, marido e mulher não são atores representando um papel, mais sim companheiros capazes de se ajudarem mutuamente.

Quando a Felicidade absoluta é por coerção e não por livre escolha. Onde há amizade conjugal, a fidelidade é uma opção consciente.

Quando há um exclusivo total – “unidade doentia”. É a ideia de que, ficando dia e noite juntos, preserva-se o casamento. È o cônjuge que diz: “Eu só vou se você for”. Isto acaba sufocando o outro. Na relação onde os dois são companheiros e amigos, a liberdade individual e o crescimento mútuo substituem a escravidão recíproca.

A pergunta que fica é esta: “Estou construindo uma prisão ou um lugar livre, onde há respeito, direitos e responsabilidades e os dois são livres para crescerem juntos?”

3. Santidade -(Ct 2.14; 5.2; 6.9)

“Pomba… imaculada…”.

Fidelidade e amizade têm que desembocar em santidade. Na relação de casa, onde reina o Senhor, é possível não haver santificação.

Quando Paulo escreve a carta aos Efésios, convocando-os a olharem para Cristo e a igreja, como modelo de um relacionamento ideal, ele inclui “Santidade”. “Para santificá-la, purificando-a com a lavagem de água, pela palavra. Para a apresentar a si mesma igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.

Assim devem os maridos… (Ef 5.26,27). Na sua teologia sobre casamento, Paulo entendia que o marido é o sacerdote que deve levar a esposa a viver uma vida de santidade através da Palavra.

Feliz é a esposa que tem um marido que se preocupa com sua vida de comunhão com Deus. A Palavra é essencial neste processo de santificação do casal (Jo 15.3). Se muitos maridos se preocupassem com a beleza estética, com a certeza teríamos casais melhores. É interessante notar, que em alguns casos, é a mulher quem cuida da santificação e da espiritualidade do marido, quando deveria ser o contrário. O homem é o sacerdote do lar (estou me referindo aos casais onde os dois são convertidos).

4. Apreciação (CT 4.1; 5.10; 6.3)

Não basta desejar o outro, é preciso aprecionar, honrar e reconhecer. O amor faz o comum ficar extraordinário. O casamento floresce quando existe apreciação mútua, quando os dois se admiram e não têm medo de fazê-lo publicamente, à semelhança do marido de provérbios 31.29, que diz: “Muitas filhas têm procedido virtuosamente, mas tu és,de todas,a mais excelente!”. Apreciar o cônjuge é investir na sua auto-estima. Palavras de afirmação têm o poder de fazer crescer a auto imagem e a auto-estima do outro. Se os casais se elogiassem mais e se criticassem menos, com certeza a qualidade do relacionamento seria melhor.

5. Submissão Devocional – (Ct 1.4)

“Leva-me após ti…”

O que é mais difícil, o marido amar sacrificialmente a sua esposa,como Cristo amou e ama a igreja, ou a esposa submeter a Cristo?

Quando a mulher compreende o que significa submissão, à luz da bíblia, ela não encontra dificuldade em exercer sua missão como auxiliadora. Por outro lado, muitas não fazem o seu papel como deveriam justamente porque seus maridos erram na maneira de agir e de se comportar, desmotivando, bloqueando e inibindo suas esposas.

Esta submissão devocional não escraviza e não anula a mulher na sua individualidade, não a faz sentir-se diminuída. Pelo contrário, este comportamento a realiza como esposa.

 

*As opiniões aqui expressas são de exclusiva responsabilidade do autor do texto e não refletem necessariamente o posicionamento oficial do Portal Guiame.

Fonte