A prova: não ignore a sinalização

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A prova: não ignore a sinalização

SÉRIE ÊXODO  |  Estudo 4

Texto básico: Êxodo 6.28—10.29

Textos de apoio
– Salmos 78.38-53
– Salmos 135.1-21
– Efésios 2.1-10
– 1 Pedro 1.1-25
– Salmos 115.1-18

Introdução

Deus enviou Moisés e Arão para tirar os israelitas do Egito. Para isso, tiveram de ir ao faraó. Em seu primeiro encontro, a pergunta o faraó não foi a respeito de quem era Moisés, conforme Moisés suspeitava (“quem sou eu para apresentar-me ao faraó?”, 3.11), mas pergunta “quem é o Senhor (YHWH) para que eu lhe obedeça e deixe Israel sair? Não conheço o Senhor” (5.2).

De certo modo esta seção visa responder essa pergunta: “Quem é o Senhor?” Visa mostrar não só ao faraó e aos egípcios quem é o Senhor, mas também aos próprios israelitas. Temos aqui nove das dez pragas lançadas contra os egípcios em preparação para a última e decisiva praga da morte dos primogênitos e a libertação do povo.

Ao percorrermos a narrativa das pragas torna-se cada vez mais claro o propósito da libertação do povo da escravidão do Egito. Vamos verificar isso dando atenção a algumas palavras e expressões que se repetem ao longo do texto.

Os versículos 6.28—7.7 parecem sintetizar o que aconteceu até agora e servir de transição e preparação para o que vem em seguida. Esses versículos lembram que Deus chamou Moisés para ir ao faraó (6.29) e que Moisés alegou não ter facilidade de falar (6.30; cf. 6.12; 4.10). Assim, Deus dá autoridade a Moisés e constitui Arão como seu porta-voz. Contudo, Deus os alerta que o faraó não deixará o povo sair, pois “farei o coração do faraó resistir, e, embora multiplique meus sinais e maravilhas no Egito, ele não os ouvirá” (7.3-4). Quando ouvimos essa frase, perguntamos, qual é o propósito disso? Por que Deus endurece o coração do faraó? Acredito que conseguimos responder essas perguntas lendo o relato das pragas. Porém, de início, já podemos encontrar neste resumo uma pista.

  1. Veja o que diz o v. 5. Como esse versículo responde essas perguntas que fizemos?
  2. Compare o v. 5 com o 5.2. Presta atenção nos verbos “conheço” e “saberão”. Tenha em mente que sempre que ocorrer o verbo saber/saberão/sabais nas nossas traduções, no hebraico é o mesmo verbo yadah que também é traduzido por conheço/conhecerão. Esse verbo será repetido várias vezes nessa seção.
  3. Os versículos 7.8-13 introduzem as pragas e já mostram qual será a dinâmica. Moisés e Arão anunciarão alguma praga ou realizarão algum sinal ou milagre (v. 9). Os magos do faraó tentarão fazer o mesmo (v. 11). Então, o faraó se endurecerá (v. 13). O objetivo disso se tornará mais evidente à medida que avançam e intensificam as pragas. Mas, nesse momento, o que podemos entender desse jogo de poder entre Moisés e Arão e os magos do Egito?

Para entender o que a Bíblia fala

1. Em pelo menos seis anúncios das pragas encontramos a frase que Moisés devia repetir ao faraó (3.18; cf. 5.1, 3), “o Senhor, o Deus dos hebreus, mandou-me dizer-lhe: Deixe ir o meu povo, para prestar-me culto no deserto” (7.16). O termo hebraico empregado aqui é ’avad que significa “servir”. É a mesma raiz do serviço como escravidão. A repetição constante dessa frase reforça a ideia de que os israelitas deixarão o serviço/escravidão do Egito para servir/adorar o Senhor. Identifique ao longo dos capítulos 7 a 10 a repetição dessa frase.

2. Além da repetição dessa frase, na quarta praga (8.25-28), na oitava (10.7-11) e na nona (10.24-26) o próprio faraó propõe autorizar a oferta de sacrifício. Examine essas passagens e explique por que a proposta do faraó não podia ser aceita.

3. Anote todas as vezes na seção do 6.28—10.29 que aparece a expressão “saberão/sabereis que eu sou o Senhor”. Qual é a importância disso?

4. Em algumas das pragas, os magos procuram repetir o mesmo milagre. Leia o 7.22; 8.7; 8.18. Isso mostra que está em jogo uma disputa de poder. Veja o que acontece no 8.19 e 9.11.

5. Leia o 9.14-16. Como isso explica a finalidade das pragas?

6. Os israelitas também precisavam saber/conhecer o Senhor? Veja o 10.2. (também o 11.7).

7. Algumas vezes o faraó pede oração a Moisés e até admite que pecou (8.8, 9, 12-13, 28-31; 9. 28; 10.17). O que isso diz a respeito de Deus e do faraó?

Hora de avançar

1. O faraó endurece o coração e não deixa o povo ir. Mas a partir da sexta praga é Deus quem endurece o coração do faraó. Isso se dá para que Deus realize o seu propósito de tornar o seu nome reconhecido. Vejo nisso uma resposta de Deus à pergunta do faraó: “Quem é o Senhor […]? Não o conheço” (5.2). De que maneira Deus está mostrando a sua superioridade com as pragas?

2. Algumas pragas lembram as divindades egípcias. O Nilo representava o deus Hapi. A praga da escuridão desafia o deus sol, Rá. É possível que temos aqui não só provocações de Deus ao faraó, mas o desafio dos poderes das divindades egípcias.

3. Em toda essa narrativa das pragas, a manifestação de poder tanto do Senhor quanto do faraó e os seus magos, há um suspense sobre quem sairá vitorioso. Porém, mais do que o reconhecimento de superioridade divina, o que esse relato quer levar o leitor a conhecer?

Para terminar

1. Hoje temos experiências também de opressão. A maior opressão sobre a humanidade é a opressão do pecado. Deus nos liberta dessa opressão. Passamos também por experiências aflitivas e opressivas das quais suplicamos por livramento. O que a igreja tem ensinado sobre a finalidade da libertação? O que podemos aprender de Êxodo sobre o propósito de nossa salvação?

2. Como o relato das pragas pode nos ajudar a enfrentar os momentos de angústia na vida e a necessidade de perseverança?

Autor do Estudo: pr. Billy Lane

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Fonte