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Aprendendo com os erros de Sansão – Parte I

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Por todos os cantos do país, vejo que há pessoas, todas cristãs, querendo servir a Deus. Querem ser mais envolvidas na obra de Deus, querem participar. Mas para que isso aconteça, para que alguém seja envolvido na obra e sirva a Deus, é preciso ser chamado.

Deus chama pessoas, homens e mulheres, jovens e idosos, em todo o mundo, em todos os tempos. Lendo a Bíblia nós aprendemos sobre diversas pessoas que foram chamadas por Deus para uma grande obra. Algumas dessas pessoas se destacaram mais que outras, mas tudo aquilo que elas fizeram estava de acordo com um planejamento divino. O próprio apóstolo Paulo, um dos homens mais bem preparados e conhecidos de toda a história da Igreja, escreveu que nós somos salvos para uma obra que foi pensada por Deus com antecedência:

“Pois fomos feitos por ele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, previamente preparadas por Deus para que andássemos nelas”. (Efésios 2.10)

Como Sansão foi chamado por Deus, era necessário que o Espírito do Senhor viesse sobre a sua vida trazendo a unção. Como sabemos, poucas pessoas no Antigo Testamento tinham a unção: somente reis, sacerdotes, profetas e aqueles que fossem chamados por Deus, como por exemplo, os artesãos que trabalharam na construção do tabernáculo e, posteriormente, no Templo de Salomão, manufaturando pedras, metais e tecidos. No Novo Testamento, a presença do Espírito Santo de Deus está em todo aquele que crê em Jesus. Portanto, cada um de nós, cristãos, já temos o Espírito e a unção de Deus derramada em nossas vidas:

Mas é Deus quem nos mantém firmes convosco em Cristo, e foi ele quem nos ungiu. (2 Corintios 1.21)

Quando Paulo escreveu este importante versículo, ele não se dirigiu exclusivamente aos líderes e obreiros da igreja na cidade de Corinto. Ele escreveu para que a carta fosse lida diante de todos os cristãos que serviam a Deus naquela cidade, e ele disse que foi Deus mesmo quem nos ungiu. Caro leitor, receba esta Palavra como bênção sobre a sua vida: VOCÊ TEM A UNÇÃO DE DEUS!

A unção é muito importante na vida do servo de Deus. Ela é crucial para determinar o que você faz na obra e quem você é no Reino. E eu fico observando a história de Sansão, especialmente no texto que abre este livro, quando diz que “ele não sabia que já tinha perdido a unção”, pois o Espírito Santo já não estava com ele. Que perda irreparável sofreu Sansão. Ele era um juiz em Israel. Talvez você não tenha ideia do que era ser juiz em Israel naqueles tempos, especialmente se você comparar aquela posição com a dos juízes em nosso tempo, os juízes brasileiros.

A biografia de Sansão nos ensina algumas lições, mas uma lição em especial eu quero destacar: “Um ótimo começo não garante um final feliz”. Escreva isso, guarde isso para a sua vida.

Sansão começa bem o seu serviço, “a sua carreira” – diriam os profissionais de hoje, mas ele termina preso por seus inimigos, cego de ambos os olhos e servindo de palhaço para diversão dos inimigos no território dos adversários do povo de Deus.

Um príncipe que foi transformado em escravo. Penso que poucos homens na história da humanidade passaram por essa experiência, de ser um príncipe no meio do seu povo e terminar os seus dias escravizado nas mãos do inimigo. E com um agravante: Sansão não era um príncipe qualquer, pois lemos que o Espírito do Senhor, a unção de Deus estava sobre ele.

Quando Deus chama alguém para o serviço, para o ministério, Ele já tem tudo planejado para o sucesso, para a conclusão de um projeto abençoado e abençoador. Deus não coloca o seu Nome em coisas que irão fracassar. Deus não empenha a sua Palavra em uma promessa que irá falhar. Não há uma única passagem na qual o final com Deus tenha sido um fracasso total. Não há uma só biografia na Bíblia de um homem que permaneceu ao lado de Deus e tenha sido envergonhado, tenha sido derrotado.

Que foi feito de Sansão? Será que ele é a única exceção à regra?

Há ainda muito a ser dito sobre ele. E vamos começar falando sobre o que podemos aprender com a sua história.

 

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