As cinco características dos votos conjugais

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A ansiedade era grande, pois o dia da realização do sonho havia chegado. Muitos convites foram distribuídos, alguns dos convidados vieram de longe, a igreja esta enfeitada e a hora do grande encontro se aproximava. O noivo se preocupou com os mínimos detalhes. Com o auxilio das irmãs e da mãe, a noiva procurou se produzir como a princesa idealizada pelo amado.

O momento chegou, os convidados enchem o templo, a música cria o clima do encontro festivo dos amantes, o noivo aguarda trêmulo no altar o aparecimento da sua amada. De repente, ouve-se o som da marcha nupcial, as portas do templo se abrem e o momento tão aguardado, sonhado, idealizado está acontecendo.

Ao som da música, os dois caminham e se encontram no meio do corredor do santuário. O pai entrega a jovem ao noivo, que a recebe com um beijo, e os dois se dirigem até o altar. O sermão é ministrado. Após a pregação, que não durou mais do que trinta e cinco minutos, chega o momento em que os dois, publicamente, fazem os seguintes votos:

“Prometo te amar na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na prosperidade e na adversidade, em todas as circunstâncias, até que a morte nos separe”.

São votos que serão testados diariamente.

1. Uma decisão voluntária.

Você tinha a opção de permanecer solteiro (a). Mesmo que a escolha tenha sido feita na base da pressão ou como válvula de escape de alguma situação, você é responsável pela decisão que tomou. Todos nós tínhamos a opção de escolher outra (o). Deus deu ao homem o direito de decidir. Lembre-se que ter um (a) sócio (a) implica em dependência, compromisso e prestação de contas. Nenhuma sociedade se firma sem estes princípios básicos.

2. Uma proclamação pública.

O que se diz diante de muitas testemunhas revela a seriedade dos votos que fizemos no dia do casamento. Duas pessoas conscientes da grandeza deste ato jamais o farão com leviandade.

3. Uma promessa incondicional.

O que foi prometido deve ser cumprido até que a morte os separe. Segundo o que foi projetado por Deus, casamento não é um relacionamento descartável, é um compromisso que deve durar a vida inteira. Quando Dietrich Bonhoeffer estava encerrado na prisão nazista, escreveu um sermão para um casamento de uma sobrinha. Disse ele: “O casamento é maior do que o amor que vocês têm um pelo outro. Ele tem em si grande dignidade e força por ser a ordenança santa através da qual Deus planejou a perpetuação da raça humana, até o fim dos tempos. No amor que os une, vocês veem apenas a si mesmos no mundo, mas ao se casarem tornam-se um elo na cadeia das gerações que Deus faz aparecer e partir para a sua glória, chamando-as para o seu reino. Em seu amor, vocês vêem apenas o ‘sétimo céu’ da sua felicidade, mas no casamento recebem uma posição de responsabilidade perante o mundo e a raça humana. Seu amor é propriedade particular, mas o casamento não pertence apenas a vocês, é um símbolo social, uma função de responsabilidade”.

4. Um propósito sério (Eclesiastes 5.5; Mateus 19.6).

Pessoas sérias cumprem suas promessas e votos. A falta de seriedade pode ser uma questão de caráter. Para enriquecer o casamento é necessário compromisso perseverante e fé determinada – algo que talvez alguns casais jamais puderam observar nos lares de suas respectivas infâncias.

5. Votos que obrigam (Mateus 5.37).

Ninguém é obrigado a votar, porém, depois que o fizeram, são obrigados a cumprir esses votos.

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