Frutificação, a marca dos discípulos

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Uma marca dos discípulos é a frutificação. Em João 15.4-8, Deus nos chama a dar muitos frutos. Mas o que são esses frutos?

Jesus quando fala sobre a frutificação não está referindo só ao trabalho (Mateus 7.15-23). Os fariseus ilustram muito bem sobre isso, porque muitos deles produziram, contudo seus frutos não eram de qualidade (Mateus 25.35-46). Ao mesmo tempo Jesus não exclui o trabalho e o serviço, pois Ele nos convida a produzir muitos frutos.

Ser frutífero consiste em ter um relacionamento diário com Deus. Um diálogo no qual podemos escutar sua voz e ter total dependência Dele. Na Palavra Ele é bem claro quando diz que sem a sua presença nada podemos fazer, e que tudo o que fizermos não seja feito por força ou violência (Zacarias 4.6).

Deus vai mais além. Ele nos faz o convite de sermos extensão da sua natureza e que passemos a transbordar Dele. O fazer é importante, mas não substitui o ser. O lugar da comunhão com Deus vai afetar profundamente o que nós somos.

A motivação incorreta com a frutificação pode prejudicar a comunhão com Deus. É comum alguns líderes, quando produzem muitos frutos, se orgulharem daquilo que alcançaram e acharem que aqueles frutos são um mérito seu.

Nosso orgulho começa a crescer nas grandes conquistas. No livro de Daniel podemos ver que o rei Nabucodonosor encheu-se de orgulho porque detinha de grande poder territorial e riquezas. Esse orgulho não começa no início de uma liderança, mas ocorre no meio da nossa caminhada, quando estamos muito frutíferos.

O propósito de ser frutífero é glorificar ao Pai. A evidência é Dele. Deixar de tirar tempo de oração é um dos indícios de que achamos que podemos fazer a obra sem a presença do Senhor. É algo muito sútil. Os fariseus se gloriavam de sua produtividade, mas seus frutos não eram bons porque em tudo se gloriavam para serem vistos pelos homens (Lucas 18.9-14).

O que Deus quer é o nosso amor através do nosso serviço. Quando Jesus perguntou a Pedro três vezes, “Pedro tu me amas?”, e em seguida lhe disse “apascenta minhas ovelhas”, o que Jesus quis dizer é que nosso trabalho consiste no amor, na gratidão e no prazer que está em honrá-lo em tudo que fizermos. Isso é produzir bons frutos.

Não só produzir frutos, mas muitos frutos. Que diz respeito à dimensão da frutificação. Não porque lidamos com um Deus exigente ou que Ele nos usa para produzir, pois encontrou mão-de-obra gratuita. Na verdade Deus quer nos levar a um lugar de realizações e satisfação.

Desde a criação, o homem é uma máquina de produtividade. O problema é que depositamos toda a nossa energia para realizações terrenas e não fazemos a vontade de Deus. A razão para muitos cristãos viverem uma vida estagnada é porque vivem somente para si. Vivem como um Mar Morto, que é estéril, só recebe água e não a distribui.

Há um lugar de realização no serviço. Fomos criados e projetados por Deus para sermos abençoadores. Isso fala de irmos mais além do já fomos. De estabelecermos alvos de oração que dizem respeito a sermos influenciados pelo o que Deus é.

Natasha Carvalho – com ideias do pastor Luciano Subirá

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