Afiando o machado

0
8650
title=

“Nesta era de correria e incessantes atividades, precisamos de algum chamado especial para nos retirarmos e nos colocarmos a sós com Deus por um tempo, todos os dias” (D. L. Moody).

A falta de tempo a sós com Deus impede que O sirvamos melhor. Atualmente há até mesmo ministérios que estão sendo formados de maneira errada. Eles são ensinados a fazer, fazer e fazer, mas é somente depois de investirmos tempo com o Senhor que aumentamos o proveito do nosso serviço. Veja este princípio bíblico:

“Se estiver embotado o ferro, e não se afiar o corte, então se deve por mais força; mas a sabedoria é proveitosa para dar prosperidade” (Eclesiastes 10.10).

Quando o Rei Salomão foi inspirado pelo Espírito Santo a escrever estas palavras, ele não nos deixou apenas um princípio natural, mas também, paralelamente, ele estabeleceu um fundamento espiritual.

Assim como a sabedoria de se afiar o corte do machado para se rachar lenhas torna o trabalho mais eficaz, também há recursos espirituais que tornam o nosso andar em Deus mais frutífero. Se o machado do lenhador encontra-se embotado e sem corte, ele tem que exercer muito mais força e energia em seu trabalho, consumindo assim mais do seu tempo. Mas, ao investir uma parte do seu tempo afiando o corte do machado, no fim ele economiza tempo e energia.

> Leia também:
+ TSD: quatro motivos para você ter tempo a sós com Deus
+ O lenhador e o machado

A partir do momento em que a ferramenta adquire um corte melhor, será o corte que determinará o resultado e não a força do golpe na lenha. Resumindo: Se tentarmos economizar o tempo que usaríamos para a manutenção da ferramenta, acabaremos perdendo mais tempo ainda no trabalho que executamos. O povo de Deus precisa aprender urgentemente esta lição!

O que precisamos aprender e provar na prática é que o tempo gasto com Deus é o machado sendo afiado. Se economizarmos nesta prática, perderemos muito mais tempo e energia depois e não conseguiremos fazer o serviço tão bem…

A correria gerada principalmente pelo crescimento do ministério pode tornar-se o maior inimigo do próprio ministério. No livro de Atos, vemos que o crescimento da igreja trouxe consigo alguns problemas:

“Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária” (Atos 6.1).

Era tanta gente se convertendo, chegando à igreja, que alguns passaram a ser esquecidos. Os apóstolos decidiram resolver não apenas o problema do atendimento a todos, mas também de voltarem ao que nunca poderiam ter negligenciado:

“Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra” (Atos 6.2-4).

Nada deve nos afastar de nossa fonte!

O nosso relacionamento diário com Deus determina o sucesso do nosso ministério e não pode jamais ser negligenciado.

Quando a ideia de que há muito para fazer me incomoda, pois sei que isto rouba do meu tempo com Deus, procuro lembrar-me de que cada minuto investido na presença de Deus significará menos esforço e mais eficiência no ministério depois.

Afiar o machado é algo estratégico, sábio, que traz prosperidade no trabalho. Da mesma forma, o tempo com Deus não significa uma falta de produtividade, e sim um aumento da nossa capacidade produtiva.

 

Fonte